
O uso de bioinsumos na agricultura tem crescido rapidamente devido às vantagens que oferecem no controle de pragas e doenças sem prejudicar o meio ambiente. Durante entrevista ao programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, o pesquisador científico do Instituto Biológico, Luiz Leite, destacou a relevância da qualidade dos bioinsumos e da forma correta de aplicação para garantir sua eficácia.
Segundo Leite, a procedência do bioinsumo é fundamental para determinar sua eficiência.
“É importante saber a origem do ingrediente ativo, se é um macro ou micro-organismo, e como foi produzido. O processo deve seguir padrões rigorosos para garantir concentração adequada e evitar contaminações indesejadas”, explicou.
Controle de qualidade e testes no campo
Para os agricultores que desejam avaliar a qualidade dos bioinsumos adquiridos, Leite recomenda encaminhar amostras para análise em instituições públicas e oficiais. “Esses exames verificam a concentração do micro-organismo desejado e sua viabilidade. Além disso, testes de campo podem ser realizados para comprovar a eficácia antes da aplicação em larga escala”, detalhou.
O Instituto Biológico, onde o pesquisador atua, presta serviços à comunidade realizando essas análises e oferecendo orientação para o uso adequado dos bioinsumos, seja em indústrias ou produção on-farm.
Misturas no tanque: o que pode e o que não pode?
Outro ponto levantado por Leite foi a importância de evitar misturas inadequadas de bioinsumos com outros produtos químicos ou biológicos. Como exemplo, ele citou o fungo Trichoderma, amplamente utilizado no controle de doenças de plantas e indução de crescimento.
“Se misturado com fungicidas químicos ou com a bactéria Bacillus subtilis, sua eficácia pode ser anulada. Por isso, é essencial conhecer a compatibilidade entre os produtos antes da aplicação”, alertou.
Impacto na qualidade dos alimentos
O especialista também reforçou que o uso de bioinsumos influencia positivamente a qualidade final dos produtos agrícolas, tornando-os mais saudáveis e livres de resíduos tóxicos.
“Os bioinsumos são seguros para o meio ambiente e para o consumo humano. Diferente de defensivos químicos, eles não deixam resíduos nocivos nos alimentos”, afirmou.
Uso indiscriminado e pesquisa avançada
Apesar do crescimento do uso dos bioinsumos, Leite ressaltou que sua aplicação indiscriminada não apresenta riscos ambientais, mas pode gerar custos desnecessários para o agricultor.
“Ao contrário dos produtos químicos, os bioinsumos fazem parte do ecossistema e rapidamente entram em equilíbrio com o meio ambiente. O problema de usá-los sem critério é apenas o desperdício financeiro”, esclareceu.
O Instituto Biológico tem investido fortemente em pesquisas para ampliar o uso e a eficiência dos bioinsumos. “Trabalhamos na prospecção de novos micro-organismos e macro-organismos, criando tecnologias que permitam sua produção em larga escala. Nosso objetivo é oferecer alternativas cada vez mais eficazes e acessíveis para os agricultores brasileiros”, finalizou Leite.
O avanço nas pesquisas e a crescente adesão dos produtores indicam que os bioinsumos seguirão desempenhando um papel crucial na agricultura sustentável do futuro.
Feras da Sustentabilidade
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Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br
O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.