Tecnologias sustentáveis e bioinsumos prometem transformar a nutrição das plantas, afirma especialista

O uso de tecnologias mais sustentáveis no manejo nutricional das lavouras tem ganhado cada vez mais espaço no agronegócio brasileiro. Durante sua participação no programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, Luciane Balzan, Gerente de Marketing de Bioestimulantes da UPL, explicou como a combinação de bioinsumos e fontes eficientes de nutrientes pode melhorar a produtividade das plantas, mantendo o equilíbrio do solo e promovendo a sustentabilidade agrícola.

Fontes de nutrientes: do convencional ao orgânico
Luciane iniciou a conversa esclarecendo as diferentes fontes de nutrientes disponíveis para os produtores. Ela explicou que a escolha entre fertilizantes convencionais, orgânicos e organo-minerais depende do tipo de cultivo, do objetivo da produção e das características do solo. Enquanto os fertilizantes convencionais, como ureia e nitrato, oferecem uma liberação rápida de nutrientes, os fertilizantes orgânicos, como esterco e cama de frango, têm uma liberação mais gradual, o que pode ser vantajoso para culturas de ciclo mais longo.

“Cada tipo de fertilizante tem suas vantagens dependendo da cultura e do objetivo do agricultor. Na maioria das vezes, uma combinação entre esses insumos é o melhor caminho para otimizar a produção”, destacou Luciane.

O papel dos bioinsumos na nutrição das plantas
Os bioinsumos, que incluem produtos biológicos como bactérias e micorrizas, têm ganhado destaque por sua capacidade de melhorar a eficiência nutricional das plantas de maneira sustentável. Luciane explicou que, ao utilizar produtos como fixadores de nitrogênio e solubilizadores de fósforo, os produtores conseguem aumentar a disponibilidade de nutrientes essenciais para as plantas.

Além disso, o uso de biofertilizantes, que são compostos à base de substâncias naturais, como aminoácidos e extratos vegetais, ajuda as plantas a melhorar sua absorção de nutrientes e a aumentar a produção.

“Com o uso de biofertilizantes, as plantas ficam mais vigorosas e têm um maior enraizamento, o que facilita a absorção de nutrientes do solo e dos fertilizantes aplicados”, afirmou.

Excesso de fertilizantes e impacto no solo
Luciane também alertou sobre os riscos do uso excessivo de fertilizantes convencionais, como os produtos minerais, que podem causar desequilíbrios no solo, prejudicando a microbiota e afetando a saúde a longo prazo. A acidificação e a salinização do solo são alguns dos efeitos colaterais do uso inadequado de fertilizantes em excesso, podendo até matar micro-organismos benéficos e favorecer o crescimento de patógenos.

“É essencial encontrar o equilíbrio correto entre as fontes de nutrientes para preservar a saúde do solo. O excesso de fertilizantes pode prejudicar a microbiota e afetar a capacidade do solo de sustentar a produção ao longo do tempo”, alertou.