Bioinsumos revolucionam o agro com soluções sustentáveis para o controle de pragas

Sérgio Hanai explica como a adoção de bioinsumos está transformando a agricultura, promovendo um manejo mais eficiente e sustentável.

Bioinsumos revolucionam o agro com soluções sustentáveis para o controle de pragas

A crescente adoção de bioinsumos tem revolucionado o setor agrícola, oferecendo aos produtores uma alternativa sustentável e eficiente para o manejo de pragas e doenças. No programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, o apresentador Gustavo Buck entrevistou Sérgio Hanai, consultor com mais de 27 anos de experiência no setor, para discutir a importância dos bioinsumos na agricultura moderna.

Durante a conversa, Hanai destacou que, há alguns anos, os bioinsumos eram vistos com ceticismo, sendo considerados ineficazes ou até um desperdício de dinheiro. No entanto, essa realidade mudou drasticamente. “Hoje, sem esse tipo de insumo, é praticamente inviável produzir”, afirmou o consultor. Ele ressaltou que o uso combinado de bioinsumos e defensivos químicos é essencial para um manejo integrado eficaz, evitando a perda de ferramentas importantes no controle de pragas.

Manejo sustentável: bioinsumos como aliados da produção

Um dos principais desafios para os agricultores é o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. Segundo Hanai, os bioinsumos permitem que os produtores mantenham a eficiência sem comprometer a viabilidade econômica das lavouras.

“A ideia de que é um ou outro – bioinsumo ou químico – está ultrapassada. A questão é integração. Um potencializa o outro”, explicou.

Ele também ressaltou que o sucesso na implementação dos bioinsumos depende de conhecimento e planejamento. “Não é simplesmente aplicar e esperar milagres. Exige entendimento do momento certo e da necessidade real da lavoura. O produtor precisa saber o porquê de cada ação”, disse Hanai.

Além disso, o consultor alertou para os impactos das mudanças climáticas no aumento da pressão de pragas, tornando a necessidade de um manejo eficiente ainda mais urgente.

“O aquecimento global afeta tudo. E, infelizmente, as pragas se multiplicam mais rapidamente em temperaturas mais altas, tornando o controle mais complexo”, destacou.

Exemplo da mosca-branca e a necessidade de um controle integrado

Um dos casos mencionados durante a entrevista foi o da mosca-branca, uma praga que tem causado grandes prejuízos em diversas culturas. Devido ao uso excessivo de defensivos químicos, muitos insetos têm desenvolvido resistência, tornando-se ainda mais difíceis de controlar.

Para combater essa ameaça, Hanai explicou que a solução está na adoção de métodos de controle diversos, como barreiras físicas (uso de telas anti-insetos), resistência genética das plantas, manejo biológico e químico.

“Se não houver uma estratégia integrada, entramos em uma espiral negativa: quanto mais químico usamos sem planejamento, mais resistência as pragas desenvolvem”, alertou.

Pequenos produtores também podem aderir aos bioinsumos

Ao contrário do que muitos acreditam, o uso de bioinsumos não está restrito aos grandes produtores. Hanai ressaltou que os pequenos agricultores também podem se beneficiar dessas tecnologias, desde que adotem boas práticas de produção e façam a transição de forma gradual.

“O importante é começar. Não precisa ser tudo de uma vez. O produtor pode implementar aos poucos, ajustando o manejo de acordo com sua realidade. O segredo é planejamento”, aconselhou.

O especialista também enfatizou que a falta de mão de obra no campo e o aumento dos custos de produção tornam a eficiência ainda mais necessária. “Hoje, cada detalhe conta. Pequenos ajustes podem fazer grande diferença no resultado final”, afirmou.

Certificações e boas práticas como diferencial competitivo

Outro ponto abordado na entrevista foi a importância das certificações agrícolas, que garantem padrões de qualidade e sustentabilidade. Embora possam parecer complexas no início, Hanai encorajou os produtores a adotá-las de forma progressiva.

“A ideia não é atingir a perfeição de uma vez. O ideal é começar implementando pequenas melhorias e, ao longo das safras, evoluir”, explicou.

Ele citou o programa MIP Experience, da ProMIP, como um exemplo de certificação acessível que ajuda a democratizar o conhecimento sobre manejo integrado de pragas. “Antes, essas informações ficavam restritas às universidades e grandes produtores. Agora, estão ao alcance de todos”, disse.

Adaptação é essencial para o futuro do agro

Para encerrar a entrevista, Hanai reforçou que o setor agrícola precisa se adaptar às novas realidades do mercado e do clima. “O mundo mudou. As regras do jogo mudaram. Mas o acesso à informação também nunca foi tão grande. Quem se adaptar e buscar conhecimento vai sair na frente”, concluiu.

Feras da Sustentabilidade

No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.

Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br

O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.