Certificar a produção agrícola pode parecer um desafio distante, mas está mais perto — e é mais simples — do que muitos produtores imaginam. Em entrevista ao programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, a coordenadora de qualidade da PariPassu, Heidy Milan, destacou os benefícios da certificação agrícola como ferramenta de organização, sustentabilidade e valorização no mercado, tanto para grandes quanto para pequenos produtores.
Segundo Milan, certificação é, antes de tudo, sinônimo de organização e conformidade com a legislação vigente. “Eu brinco que se certificar é se organizar e contar para o mercado que você está bem organizado”, resume. Ela destaca que a maioria das certificações agrícolas, como a GlobalG.A.P., baseiam-se nas exigências da legislação brasileira, que já é bastante rigorosa.
“Se o produtor já cumpre a lei, está mais próximo da certificação do que pensa”, garante.
O processo de certificação envolve uma auditoria baseada em uma lista de requisitos, muitos dos quais já estão presentes no dia a dia da propriedade rural. Essas exigências variam de selo para selo, abrangendo desde boas práticas agrícolas até manejo biológico, questões ambientais, rastreabilidade e contratação de trabalhadores. Para começar, o produtor deve escolher o selo que melhor se adequa à sua realidade ou ao mercado que deseja atingir.
Milan explica que o processo pode ser feito de forma progressiva, permitindo que o produtor se adeque gradualmente aos critérios.
“Existem protocolos com etapas: começa no nível básico, recebe a primeira certificação e, com o tempo, pode avançar até o selo mais completo”, afirma.
Um exemplo é o protocolo SAI Platform, muito usado na indústria de suco de laranja, que conta com níveis bronze, prata e ouro.
Além de atestar a sustentabilidade e a responsabilidade social da produção, a certificação oferece benefícios diretos ao produtor. O selo facilita o acesso a mercados mais exigentes, aumenta a competitividade, pode garantir melhores preços e ainda reduz riscos operacionais. “A certificação ajuda o produtor a estar mais seguro, organizado e, consequentemente, diminui as chances de multas ou perdas financeiras”, afirma Milan.
Outro ponto de destaque é o impacto ambiental positivo. Os protocolos exigem controle no uso de defensivos, armazenamento adequado, uso correto de equipamentos de proteção (EPIs) e respeito ao meio ambiente.
“A certificação acaba olhando para todos os aspectos da operação: pessoas, meio ambiente e o alimento. Isso melhora a qualidade da produção como um todo”, explica.
Engana-se quem pensa que apenas grandes propriedades podem se certificar. Pequenos produtores também podem — e devem — buscar a certificação, inclusive com menos custos. “Muitas vezes, um armário trancado é suficiente para armazenar defensivos, enquanto grandes produtores precisam de um galpão. A certificação se adapta à realidade do produtor”, comenta.
“É comum produtores se organizarem em grupos, cooperativas ou via compradores, dividindo custos de auditoria e trocando experiências.”
Sobre os prazos para alcançar a certificação, Milan explica que depende do grau de organização inicial da propriedade. Em média, os processos duram de seis meses a um ano, com apoio técnico sendo um diferencial. “O produtor pode fazer sozinho, os protocolos são públicos, mas com ajuda especializada é muito mais fácil”, conclui.
Ao final, ela reforça o convite para que produtores interessados conheçam os materiais disponíveis no site da PariPassu e busquem apoio para dar os primeiros passos rumo à certificação.
“A sustentabilidade não é mais diferencial, é necessidade. Quem não se organizar agora, pode não ter recursos no futuro para continuar produzindo.”
Feras da Sustentabilidade
No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.
Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br
O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.