Escolher corretamente o tipo de planta cultivada com base nas características das raízes pode representar o sucesso ou o fracasso de uma safra. A afirmação é do engenheiro agrônomo Richardson dos Santos, da BioAgross, que participou do programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, explicando como o entendimento sobre os tipos de raízes pode ajudar produtores a melhorar a absorção de nutrientes, prevenir doenças e garantir uma lavoura mais sustentável.
De acordo com o especialista, entender que cada raiz tem uma função específica vai além da simples absorção de água e nutrientes.
“As raízes são a boca da planta, mas elas fazem muito mais que isso. Elas estruturam o solo, influenciam na microbiologia, ajudam na retenção de água e até contribuem na rotação de culturas”, afirmou Richardson durante a entrevista.
Entre os tipos de raízes mais comuns nas lavouras brasileiras, ele destacou as pivotantes, como as da soja, e as fasciculadas, como as do milho. As pivotantes são raízes que aprofundam mais no solo e ajudam na quebra da compactação, favorecendo a busca por água e nutrientes em camadas mais profundas. Já as fasciculadas, mais superficiais, se espalham nas primeiras camadas do solo, sendo ideais para solos menos profundos.
“No caso da soja, a raiz pivotante consegue descompactar o solo, mas isso não significa que se pode plantar em qualquer terreno. O solo precisa estar minimamente preparado para permitir a penetração dessas raízes. Sem esse cuidado, a planta não se desenvolve corretamente”, explicou o agrônomo.
Richardson também chamou atenção para as raízes tuberosas, como as da mandioca e batata-doce, que têm a função de armazenar energia.
“Essas raízes também contribuem para a estruturação do solo, mas de forma lateral. Além disso, se transformam em alimento, o que as torna economicamente estratégicas em certos sistemas produtivos.”
Outro ponto importante da entrevista foi o alerta sobre os riscos de se plantar sempre a mesma cultura no mesmo solo. Segundo Richardson, isso pode levar à exaustão de determinados nutrientes e ao acúmulo de outros, além de criar um ambiente propício para doenças de solo.
“É como o barril da lei do mínimo. Se você só plantar alface, por exemplo, vai acabar com excesso de zinco e falta de manganês, e aí a produção despenca, não por culpa da semente, mas por erro de manejo.”
A rotação de culturas com diferentes tipos de raízes é, segundo ele, uma das principais práticas recomendadas para manter o equilíbrio nutricional e microbiológico do solo. Culturas como o nabo forrageiro, com raiz pivotante mais espessa que a da soja, e o mileto, com raízes mais ramificadas, são exemplos indicados para promover a aeração e combater a compactação.
“Deixar o solo descoberto entre uma safra e outra favorece a erosão, o surgimento de plantas daninhas e até a morte da microbiota do solo devido à radiação solar direta. O ideal é sempre manter algum tipo de cobertura, e se possível, com raízes que contribuam para a estruturação do solo”, recomendou.
Para o engenheiro, compreender o que está acontecendo abaixo da superfície pode ser o diferencial entre um solo produtivo e um solo degradado.
“As raízes são invisíveis, mas se você souber o que está acontecendo debaixo da terra, sua produtividade vai melhorar, seus custos vão cair e sua lavoura será mais sustentável.”
Feras da Sustentabilidade
No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.
Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br
O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.