A agricultura regenerativa tem ganhado espaço no setor agropecuário como uma alternativa sustentável para garantir produtividade e, ao mesmo tempo, conservar o solo. O tema foi abordado no programa Ganhando o Futuro, do Canal Rural, em uma entrevista com Eduardo Trevisan Gonçalves, diretor de ESG e certificações do Imaflora.
De acordo com Trevisan, a agricultura regenerativa surgiu nos Estados Unidos em resposta a problemas relacionados à perda de fertilidade do solo. O conceito, porém, foi adaptado ao Brasil, considerando as condições tropicais do país. “Nosso solo precisa de um revolvimento mínimo, ao contrário do que ocorre em regiões de clima temperado, como na Europa e América do Norte”, explicou.
Conservação do solo e práticas regenerativas
A principal preocupação da agricultura regenerativa é manter o solo protegido e fértil, promovendo um ecossistema equilibrado para as lavouras. Entre as práticas mencionadas pelo especialista, destaca-se o plantio direto, que consiste em manter o solo coberto durante a maior parte do ano, reduzindo a erosão e aumentando a retenção de água.
“Manter a cobertura vegetal é essencial para evitar o ressecamento do solo e melhorar sua estrutura”, afirmou Trevisan.
O uso excessivo de máquinas agrícolas, como grades e arados, pode comprometer a saúde do solo, segundo o especialista. “A estrutura do solo é composta por camadas que, quando desorganizadas pelo uso intensivo de maquinário, dificultam a absorção de água e prejudicam a biodiversidade presente no solo, como micro-organismos essenciais para a fertilidade”, explicou.
Importância dos micro-organismos e uso de biológicos
A saúde do solo depende de três fatores fundamentais: fertilidade química, qualidade física e vida biológica. Nesse sentido, a presença de micro-organismos no solo desempenha um papel crucial para a absorção de nutrientes pelas plantas. Trevisan ressaltou que alguns desses organismos, como o rizóbio da soja, conseguem fixar nitrogênio diretamente da atmosfera, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos.
Além disso, o uso de bioinsumos tem crescido como uma alternativa sustentável ao uso de produtos químicos.
“Cada vez mais produtores estão adotando defensivos biológicos, que ajudam no controle de pragas e doenças sem comprometer a biodiversidade do solo”, destacou.
Projetos do Imaflora e o papel do carbono no solo
O Imaflora tem atuado em projetos voltados para a implementação da agricultura regenerativa, especialmente em culturas como café, grãos e frutas. Segundo Trevisan, a entidade desenvolve protocolos que orientam os produtores sobre as melhores práticas para garantir a conservação do solo e melhorar a produtividade. “São diretrizes que ajudam na tomada de decisão e na adoção de práticas que realmente fazem diferença no campo”, disse.
Outro ponto importante abordado foi a relação entre a agricultura regenerativa e o sequestro de carbono no solo. Trevisan explicou que aumentar a matéria orgânica no solo contribui para a retenção de carbono, o que favorece o crescimento das plantas e melhora a estrutura do solo.
“O carbono não deve ser visto apenas como um ativo comercial, mas como um elemento essencial para a saúde do solo e da lavoura”, concluiu.
A entrevista reforçou que a adoção de práticas regenerativas pode trazer inúmeros benefícios, tanto ambientais quanto econômicos, para os produtores rurais. A busca por um sistema produtivo mais equilibrado e sustentável é um caminho cada vez mais necessário para o futuro do agronegócio brasileiro.
Feras da Sustentabilidade
No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.
Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br
O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.