O Brasil pode elevar sua produção agrícola em até 30% sem desmatar ou expandir a área plantada. A afirmação é de Roberto Levrero, presidente do Conselho da Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal), durante entrevista ao programa “Ganhando o Futuro”, do Canal Rural. Segundo ele, a chave está na adoção de tecnologias e boas práticas agrícolas capazes de revitalizar solos degradados e ampliar a produtividade.
Levrero destacou que o Brasil é um dos poucos países do mundo com capacidade de resposta rápida para atender à crescente demanda global por alimentos de forma sustentável. E isso só é possível graças à inovação no setor agrícola, especialmente na área de nutrição vegetal.
“Hoje, o produtor brasileiro é extremamente profissional, criativo e assertivo. Ele se adapta às adversidades climáticas e busca cada vez mais soluções tecnológicas para aumentar a produtividade e preservar o meio ambiente”, afirmou.
Segundo o dirigente da Abisolo, cerca de 6% do território nacional é utilizado para produção agrícola, número pequeno diante do potencial produtivo do país. Ele reforçou que o Brasil ainda possui aproximadamente 40 milhões de hectares de solos degradados que podem ser recuperados por meio de técnicas sustentáveis, como o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta.
“O pequeno produtor também pode se beneficiar dessas tecnologias. Há opções viáveis economicamente e que não exigem grandes investimentos iniciais, como os fertilizantes organominerais, que combinam matéria orgânica e nutrientes em um só produto, facilitando a aplicação e reduzindo custos operacionais”, explicou Levrero.
O avanço da tecnologia também tem permitido que insumos sejam aplicados de forma mais eficiente. Hoje, produtos mais concentrados exigem menores doses por hectare, o que facilita o transporte, reduz o impacto ambiental e melhora a absorção pelas plantas. “Não importa o quanto de nutriente você aplica no solo, o que interessa para a planta é o quanto ela consegue absorver. E é aí que entra a tecnologia: garantir que o alimento esteja disponível na hora certa e da forma correta”, disse.
Levrero comparou os fertilizantes modernos a uma “geladeira da planta”, já que permitem armazenar nutrientes no solo, possibilitando o consumo gradual conforme as necessidades fisiológicas da cultura ao longo do ciclo. Isso, segundo ele, garante melhores resultados em produtividade e qualidade dos alimentos, com ganhos médios que podem variar entre 10% e 20%.
Além disso, ele destacou que o uso de compostos orgânicos já estabilizados é preferível à aplicação de matéria orgânica bruta, como o esterco de galinha não tratado, que pode conter patógenos e antibióticos.
“A matéria orgânica estabilizada já vem com o nível de contaminação controlado e com microrganismos benéficos para o solo, garantindo maior segurança e eficiência na recuperação do sistema radicular das plantas”, afirmou.
Levrero também pontuou que há espaço para elevar a produtividade média de culturas tradicionais, como a soja, cuja média nacional gira em torno de 55 a 60 sacas por hectare. Com boas práticas de manejo e insumos modernos, já existem produtores colhendo até 85 sacas por hectare.
“O conceito de produtividade precisa estar no radar de todo produtor, independentemente do seu tamanho. A produção total pode ser alta, mas se a produtividade por área é baixa, os custos fixos pesam mais e a rentabilidade diminui. Quando você melhora a produtividade, consegue diluir os custos e garantir margem, mesmo em cenários de preços menos favoráveis”, explicou.
Por fim, Levrero ressaltou que o Brasil tem uma vantagem competitiva global por aliar capacidade produtiva com preservação ambiental. O país é responsável por apenas 1,5% das emissões globais de gases poluentes, número significativamente menor que potências como China (35%) e Estados Unidos (29%). “O mundo precisa de alimentos, e o Brasil tem todas as condições de liderar essa missão com sustentabilidade e inovação”, concluiu.
Feras da Sustentabilidade
No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.
Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br
O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.