Ecologia dos agroecossistemas impulsiona sustentabilidade e produtividade

Professor da UFSCar destaca que a integração de práticas ecológicas e o uso de bioinsumos reduzem custos e otimizam processos na agricultura brasileira.

Ecologia dos agroecossistemas impulsiona sustentabilidade e produtividade

A transição para práticas agrícolas mais ecológicas é um caminho sem volta para a agricultura moderna, segundo o professor e doutor Victor Forti, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Araras. Em entrevista, Forti detalhou como o conceito de ecologia dos agroecossistemas pode otimizar processos, reduzir custos e transformar a relação do produtor com o ambiente, ao mesmo tempo em que garante produtividade e lucratividade.

Forti explica que ecologia dos agroecossistemas é a análise dos sistemas produtivos sob a perspectiva ecológica, considerando as interações entre organismos (como plantas, insetos e microrganismos) e recursos abióticos (como água, luz e temperatura).

“Não se trata apenas de produzir soja ou milho, mas de otimizar processos naturais, como a fixação de nitrogênio por bactérias ou o controle biológico de pragas por inimigos naturais”, destaca o especialista.

Ao pensar em um sistema produtivo mais integrado, o agricultor pode reduzir a dependência de insumos químicos, melhorar a qualidade do solo e aumentar a biodiversidade da área cultivada. O uso de tecnologias como bioinsumos, plantas de cobertura e adubação verde são exemplos de ferramentas que favorecem essa abordagem.

Tecnologia e biodiversidade como aliadas

Práticas como a adubação verde, em que se utiliza culturas específicas para enriquecer o solo entre safras, foram apontadas como fundamentais. Essas plantas não apenas aportam matéria orgânica, mas também promovem a ciclagem de nutrientes e a fixação de nitrogênio, melhorando a qualidade do solo para o cultivo seguinte.

Outro exemplo citado foi o uso de bioinsumos, que incluem microrganismos benéficos e extratos vegetais. Esses produtos ajudam no controle de pragas, promovem o crescimento das plantas e fortalecem sua resistência a estresses.

“Com bioinsumos, o foco está nos processos, e não apenas em resolver problemas pontuais. Isso torna o sistema mais equilibrado e resiliente”, explica Forti.

O desafio da transição

Apesar das vantagens, a migração para um modelo de agricultura mais sustentável exige tempo e investimento inicial. Segundo Forti, essa transição, chamada de agroecológica, apresenta desafios econômicos e de conhecimento técnico.

“Nos primeiros anos, o custo de produção pode ser maior devido à adoção de novas tecnologias. Mas, a partir do terceiro ou quarto ciclo, os processos otimizados reduzem os custos e equilibram o sistema”, garante.

Além disso, Forti destaca a necessidade de ampliar a formação técnica e o acesso à informação. “Ainda discutimos pouco sobre sustentabilidade nos cursos de engenharia agronômica, e a extensão rural no Brasil precisa ser fortalecida para difundir essas práticas entre os agricultores”, enfatiza.

Sustentabilidade e produtividade: um caminho sem volta

A agricultura sustentável já tem mostrado resultados práticos em regiões como o Mato Grosso, onde os sistemas mais produtivos são, em geral, aqueles que aplicam princípios ecológicos. Segundo Forti, esses modelos garantem tanto a segurança ambiental quanto a viabilidade econômica, tornando a sustentabilidade um aliado, e não um obstáculo, ao lucro.

“Precisamos pensar em sistemas que não apenas sejam produtivos, mas também seguros e sustentáveis. Esse é o caminho para uma agricultura que impacte positivamente o país”, conclui o professor.

A transição para práticas mais ecológicas, embora desafiadora, promete transformar o futuro do agronegócio brasileiro, conciliando conservação ambiental, qualidade de vida e competitividade econômica no campo.

Feras da Sustentabilidade

No Ganhando o Futuro, foi destacado que, quando se trata de nutrição vegetal e produtividade, os fertilizantes da Bioagross são aliados essenciais para os produtores. A linha de fertilizantes foi desenvolvida para atender às necessidades específicas das lavouras do início ao final do ciclo produtivo.

Com nomes inspirados em felinos, a família Felina conta com produtos como Leão, Lince, Guepardo, Onça e Tigre, cada um com uma função específica para potencializar a produção agrícola. Esses fertilizantes contribuem para um manejo mais eficiente e sustentável, garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes no solo. Essa linha de nutrição pode ser adquirida através do site: www.ganhandoofuturo.agross.com.br

O programa Ganhando o Futuro é exibido no Canal Rural de segunda a quinta-feira, às 8h30 e às 17h. Já às sextas-feiras, o programa vai ao ar às 8h30 e às 18h15. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube.